Seja no agora o que você quer ser amanhã
Quando somos apresentados a uma pessoa cujo o sucesso já está pronto geralmente nos distanciamos desse sucesso pensando que ele não é para nós, ou que a pessoa teve sorte ou algo do gênero. Mas quando nos aprofundamos um pouco sobre as biografias podemos sentir que todos que estão no topo já passaram pelo que estamos passando agora.
E hoje eu trago para você a decisão de Steven Spielberg.
Sonhando em se tornar cineasta, Steven, ainda um anônimo, passou a frequentar como visitante os estúdios da Universal Pictures. Ele ia muitas vezes como visitante até que fez amizade com os funcionários e passou a frequentar o local como um funcionário, mesmo sem ser.
Steven teve a audácia de pegar uma sala abandonada dentro da Universal e colocar seu nome e então conheceu outros diretores, apresentou seu trabalho e, mais ou menos assim, se tornou um dos maiores cineastas de todos os tempos.
Steven decidiu que seria o que É hoje.
Ele foi audacioso e criou oportunidades. Ele fingiu até se tornar.
E fingir aqui não significa ser inautêntico. Não estamos falando aqui de mentira e sim de comunicação.
Uma vez numa palestra para músicos alguém me perguntou:
“Jaque, por que tem tanta gente sem talento fazendo sucesso?”
E eu respondi: porque o verdadeiro talento está em acreditar em si mesmo.
Então, aqui você não vai mentir que vai fazer algo que não vai. Porque mentira é algo fatal para qualquer negócio e qualquer relacionamento, porque mentiras são descobertas e causam danos irreversíveis. E também quando alguém está mentindo não consegue chegar ao nível da convicção, ou seja, não consegue passar credibilidade.
Ninguém passa certeza falando sobre algo que não entende.
Quando eu falo fingir é para fingir ser autoconfiante, fingir que vai dar tudo certo até começar a dar.
Me lembro quando comecei a palestrar e daquele frio na barriga que surge quando a gente acorda no dia da palestra e que só some depois dos quinze primeiros minutos que colocamos o nosso time em campo, sabe?
Então, eu fingia que era a melhor palestrante do mundo. Fingia também que tinha uma ótima memória e que tudo iria correr bem.
E me jogava.
O que fazer quando você não sabe o que fazer?
Uma vez me lembro que fui junto com a minha irmã dar uma palestra numa empresa de refrigeração, isso foi logo no início da minha carreira. Chegando lá, os funcionários que assistiriam à palestra estavam completamente alvoroçados e impacientes.
O semblante da minha irmã dizia: nossa, ela não vai conseguir.
Eu mantive a minha calma fingindo que estava tudo sob controle e consegui em menos de cinco minutos prender a atenção de todos eles contando uma história.
Storytelling nessas horas é bom porque desperta interesse na plateia e confiança ao palestrante, afinal, todo mundo sabe contar história.
Bem, todos eles assistiram à palestra quase que congelados e hipnotizados e ao final todos se abraçaram numa catarse emocionante, numa recordação que levarei para sempre comigo.
E isso só foi possível porque eu fingi ser a melhor palestrante e acabei me tornando.
Pelo menos para aquela plateia, naquele dia.
Foram muitos os elogios e daí surgiu a ideia deste post.
Então, seja como eu, como Spielberg e como tantos outros palestrantes: finja autoconfiança que tudo dará certo.
Vamos juntos!