Foi essa pergunta que fiz a dois amigos ontem à noite. Um é Coach e a outra trabalha entre os Coaches, mas está perto de fazer a sua primeira formação. E essa reflexão me fez escrever este texto sobre a sexualidade e o Coaching.
Vamos as respostas deles:
Ela: A sociedade está careta.
Eu: Estamos ficando cada vez mais careta, né? Porque Napoleon Hill falou sobre sexo e autoconhecimento no início do século passado.
Ele: Ninguém fala de sexo porque não se sente preparado para isso.
Eu: bem, eu me sinto. Ou pelo menos acho que me sinto.
Então, se você tá lendo esse texto aqui, é porque definitivamente eu me sinto à vontade para falar de sexo.
Ou seja, me sinto bem para falar de algo que é tão natural quanto beber água, praticar esportes, ir ao cinema, assistir TV mas que é tratado hora como tabu, hora somente como forma de fazer humor.
Quanto à sexualidade, eu não estou falando aqui de sensualidade porque, ao meu ver são duas questões bastante distintas, e uma não precisa excluir a outra. Aqui eu vou falar de sexualidade: a arte de fazer sexo, de preliminares, de fazer muito sexo ou pouco sexo ou de optar por não fazer sexo, ou de fazer auto sexo.
Sim, já estamos falando de sexo.
Sexualidade é um dos temas interessantes para debates nas diferentes camadas sociais, mas se tornou um tabu!
A sexualidade se tornou um tabu a partir do ano zero com a formação da sociedade judaico-cristã-ocidental (sempre que eu uso essa expressão eu me lembro do antigo programa de TV Casseta e Planeta que falava de sexo com humor).
E, de lá para cá, já se passou tanto tempo, mas parece mesmo que estamos encaretando, pouco se debate e, quando se fala, não é levado a sério.
Além de Napoleon Hill que falou sobre o mistério da transmutação sexual, Louise Hay também fala sobre sexualidade no livro Você pode curar sua vida, que, sendo eu especialista, recomendo que você particularmente leia esse capítulo em inglês porque a tradução está péssima.
A versão nacional não está nada alinhada com a filosofia de Louise. E eu falo isso com propriedade de quem já revisou livro dela para uma grande editora e que, só me contratou, porque reclamei da tradução exatamente da parte da sexualidade do Você pode curar sua vida.
Bem, mas esse é um debate para um outro texto.
Outro autor que fala sobre sexo na tríade Conversando com Deus, volume 2 é o Nealle Donald Walsh, que tem uma abordagem bem interessante, que eu recomendo àqueles que se interessam pelo assunto de lerem.
O Coaching não pode negar o debate sobre sexualidade
Então, dentro da minha visão sobre o Coaching, a sexualidade é uma parte que não pode ser negada e nem tão pouco desprezada quando falamos de Roda da Vida.
A sexualidade está presente em nossas ações mais subliminares até as mais visíveis. Quando nos vestimos estamos sendo sexuais, quando buscamos a liderança estamos sendo sexuais, quando vamos nos relacionar estamos sendo sexuais, quando queremos emagrecer ou qualquer outro nicho de trabalho no Coaching, o sexo está presente mesmo que não seja citado, comentado ou perguntado.
E eu tenho observado que até mesmo no meu trabalho como Coach eu tenho desprezado essa parte fundamental e que tanto nos impulsiona a alcançar resultados.
Pessoas altamente sexuais possuem um nível de resultados muito maiores do que as que não exalam tanta sexualidade, vide: Barack Obama, gente quer homem mais sexual e poderoso do que o atual presidente dos EUA?
Eu desconheço.
Outro exemplo: Madona.
E tantos outros que exalam poder, sexualidade e consequentemente resultados.
O mistério da transmutação sexual catalogado por Napoleon Hill em seu livro A Lei do Triunfo fala sobre esse aspecto: como podemos transformar a nossa energia sexual em combustível para o sucesso?
O momento do sexo e, precisamente, do orgasmo é um instante de explosão química no nosso corpo. Imagina poder aproveitar esse momento para trabalhar alguma área ou habilidade específica na sua vida?
Você pode! Existem técnicas para isso.
Sim, eu sei que você pode estar pensando: ah, Jaque é muita coisa pra pensar no momento do orgasmo.
Mas eu te digo que, com prática e técnica, você consegue.
Aproveitar a descarga cerebral e química que acontece nesse instante para que você possa desenvolver alguma nova habilidade ou, pelo menos, desenvolver a crença que a está desenvolvendo, o que nós sabemos que é a mesma coisa, pode ser um grande ganho para você.
Você, sendo Coach e compreendendo que esse é um assunto importante a ser tratado nos seus processos, mesmo que você seja ou não um especialista, eu recomendo que estude e, principalmente, busque criar um debate sobre sexualidade com seus Coachees.
Eu garanto que sairão descobertas valiosas.
Preciso esclarecer que essa prática dentro de um processo de Coaching não precisa se tornar uma rotina para a mágica acontecer. Sério! Não é para toda vez que você for atender o seu Cochee falar sobre sexo e, sim, uma vez ou outra explorar como essa potencialidade está sendo explorada.
Resumindo: Experimente execitar com seu Coachee dele sair da rotina cerebral. Leve o cérebro do seu Coachee para academia falando sobre diversos aspectos da humanidade dele, e sexo é apenas uma delas.
Afinal de contas, esse é um dos poucos momentos da vida onde somos nós com nós mesmos.
No curso de autoconhecimento, a Maratona dos 21 dias (o livro será lançado em Julho, no aniversário do Coaching in Rio) haverá um capítulo inteiro sobre o tema.
Essa é a primeira vez que trato desse assunto em público. Espero que seja a primeira de muitas porque eu gosto muito do debate sobre sexo, motivação e autoconhecimento e a minha crença me diz que esses três assuntos estão intimamente ligados e que o autoconhecimento não existe se for suplantado alguma parte tão importante e presente de nós que é a sexualidade.
Eu confesso que adorei escrever e aproveitei o tema para fazer uma homenagem a três grandes escritores que falam também sobre esse tema e que sempre me inspiram muito: Hill, Louise e Neale.
Osho também fala.
Quem mais fala?
Você sabe?
Me conta porque eu adoraria ler sobre.
Até a próxima.